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Nos trabalhos preparatórios de engenharia civil, achou-se uma pia de pedra calcária, soterrada junto ao velho lagar de granito, com uma inscrição datada de 1792, actualmente exposta no pateo da entrada. As subsequentes pesquisas, com o valioso contributo da Câmara Municipal de Anadia, permitiram desvendar parcelas de história da Quinta dos Abibes, então Quinta da Murteira, desconhecidas pelo actual proprietário aquando da aquisição da propriedade. Existem referências coevas à produção de vinho na Quinta desde o século XVIII. O sopé na encosta a noroeste da serra do Buçaco, de onde se vislumbra a Cruz Alta, acolhe histórias do vinho e projecta vinhos com história. E é aí que, desde 2003, 10 hectares de terra até então de há muito abandonados, reataram, desde a drenagem profunda e a correcção dos solos até à plantação da vinha, o trajecto que actualmente se expressa nos vinhos “QUINTA DOS ABIBES”. Criar vinhos é, acima de tudo, trabalhar para construir perfis de cores, de aromas e de sabores: numa palavra, construir a personalidade dos vinhos. O risco inicial, quando tudo se iniciou com a preparação dos terrenos, a selecção das castas, dos clones, dos porta enxertos e da orientação das linhas de videiras à exposição solar, comportou o cotejo adaptatício dos elementos que em conjunto enformam um “terroir”. E foi assim a Quinta dos Abibes.

Produtor: Professor Batel Marques