Evangelista de Oliveira vive em Monchique, mas foi num monte na Foz do Besteiro, local do seu nascimento, que construiu uma das mais modernas destilarias da freguesia. Junto às águas da ribeira Grande, numa correnteza de casas onde já viveram pessoas e animais e até onde já houve uma venda e uma loja de tecidos, instalou uma destilaria com duas caldeiras de 120 litros e um sistema de esvaziamento direto da massa de medronho destilado, o que lhe simplifica boa parte da laboração e lhe permite diminuir o tempo entre uma “caldeirada” e outra.
Apesar de ter sido construída de raiz no século XXI, e de estar um brinco, a adega da Foz do Besteiro recria alguns aspetos das velhas destilarias. Por exemplo, os pilões são de metal, como mandam as regras, mas estão forrados a madeira para se parecerem com os de antigamente. As telhas, em vez de novas, são as originais da antiga casa, de canudo simples, e os tijolos dos fornos também foram reaproveitados. “É pelo prazer; gosto de trazer aqui as pessoas conhecidas”, justifica o produtor da Destila da Ribeira.